Nem força, nem disposição. Nem palavras, quase. Só quero ignorar este sentimento de melancolia, solidão, parar de encher a cabeça com
merda, parar de fazer mais merda da minha vida e não fazer mais merda com os outros, por mais merda que façam comigo. Merda! Já não consigo... Tenho de conseguir. A frágil construção de cartas não vai desabar, não agora, só por uma (ou duas, ou..) lá faltar. Tanta tempestade, mas sempre te tenho lá para meu amparo... desculpa, desculpa meu amor. Desculpa a minha fraqueza interior, com toda a frustração acabo por te ferir, por seres aquele que está sempre por perto... humana, sou tão humana, descarregamos sempre naqueles que estão mais perto, naqueles que melhor nos querem. Não faço sentido, escrevo mal... não quero saber. Não sei o que seria se não te tivesse. Obrigada, obrigada... Obrigada. Por me amparares, por me deixares chorar nesses teus fortes braços que me seguram, que sem eles não sei o que seria mais... Sinto que só encho o peito de coragem quando vejo a morte abrir as portas, sinto que só assim me sinto a perder-te, e sinto-me tão terrivelmente mal. Um dia eu vou ser assim, tão forte para ti como tu és para mim, dá-me tempo, não desistas de mim. Não tomo nada como garantido, mas não aceito que possa perder. Sinto-me louca, de paixão e de amargura. Embriagada do teu doce amor, que me faz viver sensações de morrer, extremos de euforia e melancolia, um misto de emoções, amar-te é respirar vida e expirar a morte, amar-te é o meu oxigénio na maior profundidade do meu interior. É o bater forte do meu coração, o funcionar da máquina na perfeita imperfeição, é um fervor imenso que se sente nas veias, é um impulso pensado não programado... é o meu destino, é a minha razão, o meu poder, a minha capacidade... por mais mágoa que eu possa trazer é o meu amor que eu quero transmitir, sempre, acima de tudo, porque amar-te é nada mais nada menos do que não ter palavras para o descrever.